domingo, 29 de junho de 2008

Toda a gente almeja qual

Toda a gente almeja qual
sinceramente, não sei quem..
gorda, magra, feliz, aberta.
eu bem tenho estado alerta..
Eu apenas quero a tal!!

Mas se a mim sempre se apresenta
alguém que não me assenta,
então, lá me sento
e deixo fugir um lamento:
" Não era para ti"!
Fodax!!
REBENTO!!

Penso:
Atira- te aquilo que podes atingir
porque
( não me foge do pensamento),
do impossível,
nunca vais querer fugir.

Realmente espero ter um dia,
algures,
sabe- se lá em que nenhures,
uma puta de uma montra..
mesmo que pelo meio lá esteja uma lontra,
essa mesma lontra,
que seja a tal,
a que toda a gente almeja qual!

E mesmo que no final
eu achar que me espalhei,
quem atrás de mim virá
bom de mim fará..
Ou ainda pior do que serei!
Quiçá..
Que se lixe!

Porque jamais me apagarei.

sábado, 28 de junho de 2008

The Regubilo Identity: O Julgamento parte 1

ULTIMA HORA

Boa tarde. Estamos aqui á porta do tribunal da Boa- Hora á espera da chegada dos intervenientes de um dos casos mais mediáticos dos últimos tempos em Portugal.
Pois é, sabem bem do que falamos.. do caso Regubilo.
Muitas linhas e muito tempo de antena foi concebido a esta que é, quiçá, a pergunta mais (im)pertinente dos últimos anos, no nosso país.
Regubilo, existe ou não existe?
Ele afirma que sim e a apoiá- lo tem uma máquina poderosa onde pontificam nomes como a Sociedade Portuguesa de Apoio á Gramática Sem- Abrigo, A Real Companhia das Sopas de Letras e muitas outras entidades.
Do lado contrário, o poderoso lobby da Sociedade Brasileira de Absorção de Toda a Língua Portuguesa, da Comunidade Portuguesa Anti- Camões e daqueles que dizem "prontos" volta e meia na frase...só porque são abrunhos!!
Esperem, esperem.. é verdade está a chegar um mercedes a alta velocidade escoltado por polícia. Só pode ser o Regubilo ou outro qualquer interveniente neste julgamento..
Está a sair do carro.
È.. è...
O Ponto de Exclamação!
Nos momentos mais mediáticos deste país, lá está ele para sublinhar o espanto de todo um povo!! e irritar o autor deste texto!
(jornalista) Ponto..Ponto
(Ponto de Exclamação) Sr. Exclamação por favor.
(jornalista) Sr. Exclamação.. é público o seu apreço e amizade pelo arguido Regubilo. Não estará aqui em defesa do seu amigo e, assim sendo, tendo uma opinião bastante tendenciosa como testemunha abonatória?
(Ponto de Exclamação) Então, mas as testemunhas abonatórias são para abonar em favor de.. certo??!!!
(jornalista) Pronto..ok. Confesso. Sou jornalista, mas é da Maria.
Voces andam- se a comer não andam?
(Ponto de Exclamação) Não confirmo nem desminto.
(jornalista) Não se vá embora. Que é isso? Uma lágrima?

Mas esperem.. mais um carro a chegar escoltado. É o advogado de acusação Adúlterio Senegaz..
(jornalista) Doutor doutor
(Adúlterio) Não vou fazer, prontos, comentários..

Não vamos ter nada dele até porque não interessa.. está a chegar o principal visado desta história.. Regubilo.
Regubilo vem a pé. Não tem policia a escoltar. Vem com phones nos ouvidos a ouvir musica num walkman a k7.
Vou tentar..chegar..ao pé dele..a confusão é muita!!
(jornalista)Regubilo!
(jornalista)Regubilo!
O Ponto de Exclamação vem choroso e dá- lhe um abraço sentido mas Regubilo ignora.
As coisas não estão boas entre os dois
(jornalista)Regubilo
(jornalista)Regubilo
(jornalista)REGUBILO!! Porra!! Tira a merda dos phone para me ouvires!!
(Regubilo) Desculpe. Mas Gloria Gaynor deixa- me sempre com pele de galinha.
(jornalista) Está pronto para enfrentar a justiça e fazer valer os seus direitos?
(Regubilo) Sim. Porque eu também tenho sentimentos. Eu não sou ser humano. Sou a 1ª, hein, a 1ª pessoa do presente do indicativo do verbo ( meu querido paizinho) Regubilar!! Não sou a 2ª nem a 3ª!! Exijo ser reconhecido pelo Dicionário Português Online e pelo novo acordo ortográfico brasileiro!!
(jornalista) E em relação á sua relacão com o mariconço do Ponto de Exclamação?
(Regubilo) Mas quais relaçao?? Já estou farto de dar entrevistas sobre isso, inclusivé para a vossa revista, já fui ás Tardes da Júlia e á Tertúlia Cor de Rosa explicar isto mas volto a dizer mais uma vez.. eu estava muuuita bebado e fui- lhe ao rabo num momento de desespero. Fechei os olhos, apaguei a luz e atirei- me de cabeça. Agora, com licença tenho uma audiência á minha espera!

Entram então todos os intervenientes deste processo no tribunal e assim que tivermos novos desenvolvimentos, voltaremos a interromper o jogo da final do campeonato do mundo de 2010 entre Portugal e Brasil.
Boa tarde

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mentalidade

Designação da forma natural e habitual que a mente de determinado sujeito ou grupo social reage a determinadas questões, assuntos, opiniões e atitudes.
Essa mesma mentalidade está em constante reformulação, atendendo aos factores externos que nos rodeiam e que, voluntária ou involuntariamente, actuam como variáveis modificadoras da nossa maneira de pensar, de opinar, de agir. O que penso hoje sobre determinado assunto poderá ser diferente daqui a seis meses. Não digo com isto que aplicamos essas modificações de forma brusca todos os dias, em todos os princípios da nossa vida, do estilo "ontem era a favor da eutanásia, mas hoje já não". É um processo gradual. A nossa mentalidade vai-se alterando a pouco e pouco, muitas vezes sem darmos por isso, até que alguém nos diz "antigamente não pensavas assim". É um facto, é uma realidade, são consequências de vivermos em comunidade, em comunhão com os outros, as chamadas interacções sociais. Se fossemos desde cedo todos rectos nas nossas ideias e princípios não éramos nada. Se não houvesse conflito estagnávamos, pois o equilíbrio e a estagnação não traz mudança.

Acabo de ler um post num outro blog que faz referência à minha pessoa. Após a leitura do mesmo comecei a rir-me. Engraçado como as mentalidades das pessoas mudam sem elas darem por isso. Ainda há uns valentes tempos mostrou-me algo, um pequeno guião que ele próprio escreveu, algo que o deixou realizado, ou não. Sim, porque podemos fazer algo e no final dizermos "que bela merda" e com o passar do tempo deixamos esses nossos pequenos feitos auto intitulados "merdosos" numa gaveta cheia de papéis ou numa pasta esquecida no desktop, talvez tenha sido o seu caso.
Seja como for, é triste não ter objectivos de vida. Viver somente por se viver, fazer algo somente por se fazer e não explorarmos as nossas essências e capacidades, nem que seja para no final concluirmos que não prestamos naquilo ou que, pura e simplesmente, tal coisa não nos diz absolutamente nada, que foi tempo desperdiçado. Mas se não o fizermos, nunca o saberemos. Ou isso, ou morresse lentamente em frente a uma televisão com duas ganzas nos cornos e a bater punhetas.

Se aquele post é dedicado a mim então respondo porque não sou gaja de ficar calada. Tem tu juízo, pá!

Errrata

Regubilo:
Foi detectada 1 forma.
1ª pess. sing. pres. ind. de rejubilar

rejubilar

Conjugar

v. tr.,
causar muito júbilo a;

v. int. e refl.,
sentir grande júbilo;

regozijar-se.

Fonte: Dicionário Lingua Portuguesa OnLine
:D

Alguém que não me é ninguém


Apetece- me disparar palavras mas sinto que a minha mão é tudo menos uma arma.
Apetecia- me ser o Charles Manson dos blogs..ou o John Wilkes Booth, Lee Harvey Oswald ou, até na loucura, o Bin Laden ( NSA CIA FBI tou a brincar)!!
Mas disparar parece- me sempre uma palavra forte.
Discutir também.
Portanto estou a.... desabafar com o belo do teclado cinzento do pc!
E estou triste.
Mas orgulho- me disso.
Olha..
È mesmo disso que vou falar. Daquilo que me orgulho.
Orgulho- me de ter um filho
Orgulho- me de ser do Benfica
Orgulho- me de ser estupido
Orgulho- me de já ter a carta
Orgulho- me por ter orgulho
Eu até me orgulho de já ter casado mesmo que depois tenha dado em divórcio
E já que falamos nisso, orgulho- me de comprimentar na boa o actual companheiro da minha ex
Orgulho- me de gastar montes de papel quando vou á casa de banho
Orgulho- me de gostar de batatas fritas
E o que eu adoro hamburgueres com pizza e tudo o que faz mal
Orgulho- me do meu país
Orgulho- me de deixar o carro á porta do metro
Orgulho- me dos meus amigos
Orgulho- me das mijas intermináveis quando mamo cerveja
Orgulho- me de me masturbar á valente
Orgulho- me da minha família
Orgulho- me dos meus peidos matinais
Orgulho- me da musica que ouço
Orgulho- me de saber cozinhar
E bem, foda- se!!
Orgulho- me de levar na boca quando jogo pro evolution com o Manadas
Orgulho- me de saber tocar viola
Orgulho- me de cantar no carro
Orgulho- me do cheiro dos meus pés
Orgulho- me de saber passar a ferro
Orgulho- me
Orgulho- me de...nem sei
Orgulho- me só porque sim
Daquilo que sou, daquilo que fui, daquilo que ainda vou ser
Orgulho- me daquilo que nunca consegui ser
E daquilo que nunca vou ser
Orgulho- me de me orgulhar do que me orgulho
porque senão não era eu..
era outro alguém do qual eu nunca me orgulharia!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Elotórios Difamagios

Agora sim, estou bem!
Chiça (ou xiça ou chissa ou xissa) este calor dá cabo de um gajo.
Acabo de chegar a casa, tiro a roupa e como a minha saladinha de feijão frade com atum e ovo cozido, todos eles salpicados com um bocado de cebola desajeitadamente picada e ligeiramente temperados com um fiozinho de azeite e aproximadamente umas 17 a 23 gotas de vinagre de vinho tinto.
Encho um copo de gelo e preencho o restante espaço com ice tea de manga. Pena não ter cá nenhuma bebida com gás. São as minhas predilectas.
Encontramo-nos a escassos dias do dia de S.Receber, e como tal, escusado será dizer que assim como os escassos dias que faltam, também escasseia o dinheiro que tanta falta me faz...para gastar...para fazer falta.
Isto para dizer que em forma de improviso de poupança, ontem á noite antes de sair do trabalho decidi ser interceiro de uma forma simpática para com as minhas colegas ao prontificar-me voluntariamente para lhes oferecer uma garrafita de água de meio litro da serra da estrela (passo a publicidade) bem fresca que com este calor é o que melhor sabe (tirando a cerveja).
As minhas queridas colegas, satisfeitas com o meu acto generoso, lá agradeceram o meu cavalheirismo e lentamente bebericavam pequenos goles de água que praticamente nem lhes chegavam á goela.
Pareciam mais interessadas em molhar os lábios do que em matar a sede. Talvez tivessem receosas de serem acusadas de homicídio qualificado em primeiro grau, mas dois pontos (:) Primeiro podemos matar toda a sede que tivermos e sentirmos, que a lei nunca nos punirá por tal, e segundo, mesmo que fosse considerado homicídio, nunca poderia ser em primeiro grau porque com as temperaturas que se têm feito sentir, lá seria um acto criminoso para cima dos 30 graus (20 e tais á sombra).
Tudo isto me provocou uma certa ansiedade e impaciência até que, passados alguns minutos decidi agarrar nas garrafas de água que lhes ofereci e despejei o conteúdo para dentro de uns simpáticos e descartáveis copos de cartão de cor azul com o símbolo da pepsi (passo novamente a publicidade mas fazem-me falta os patrocínios).
Feito isto e agora sim a razão de ser do meu acto generoso para com as minhas colegas, agarro nas garrafas e sorrateiramente começo a enchê-las com sangria. Se a minha chefe visse lixava-me. Mas ia acabar por passar...
Ao acabar de encher as quatro garrafitas de meio litro, coloquei-as num saco plástico juntamente e de novo sorrateiramente com duas latas de 7up (passo a publicidade) para fazer a mistura.
Ok. Missão cumprida!
Agora vou ter com os meus amigos ao bairro alto e não vou gastar um tostão, trazendo comigo 2 litros de sangria, fora a 7up. Assim ainda deu mais do que dois litros. E o único dinheiro que iria gastar seria para a vaquinha para o táxi, sendo que íamos todos para o mesmo destino.
Resultado: Fomo-nos embebedar no indie bar com martinis a 2.50€...
Depois de um animado e longo diálogo com palavras enroladas pela embriagues adocicada em vaidosos copos de dois dedos de martini, três grandes cubos de gelo, um ramo de hortelã, uma meia lua de limão do tamanho de uma meia lua vista cá de baixo e uma palhinha preta cravada no líquido, constatei que a fusão do limão com a hortelã resultava numa agradável essência a eucalipto.
Provoquei o desacordo entre os meus amigos, e originou-se um debate de tal maneira interessante que ás tantas decidimos chamar o barman para avaliar por si mesmo se a minha opinião teria fundamento...
Não. O barman era simpático e estava a fazer um bom trabalho, porque enquanto servia as bebidas aos clientes, ia intervaladamente escolhendo músicas, brincando de dj e fazendo umas passagens melhores que outras, mas sempre com boas músicas de boas bandas, tais como the cramps, mão morta, morphine, joy division, ornatos violeta, echo & the bunnymen etc.
Mas também achou que eu estava errado.
Fui novamente generoso e não pedi o livro de reclamações, porque a fusão de limão com hortelã resulta na essência a eucalipto!
Vão por mim...
Passadas cerca de duas horas e meia de lá estarmos, decidimos vir embora.
Fomos comprar tabaco e lá fomos os três (éramos três) para casa do Chico que ao sair do taxi decidiu chamar nazi ao taxista.
Realmente parecia e aquilo até foi dito de uma maneira simpática mas enfim.
Entrámos em casa e continuámos a nossa alegre embriagues e desta vez sim, com a sangria!
Jogámos buzz...já agora: Chico és um batoteiro...quando não fazes batota fazes bluff e bluff é batotice.
Mesmo assim ganhaste á rasca!
Adormecemos.
Cheguei á bocado a casa, tirei a roupa e comi a minha saladinha de feijão frade com atum e ovo cozido, todos eles salpicados com um bocado de cebola desajeitadamente picada e ligeiramente temperados com um fiozinho de azeite e aproximadamente umas 17 a 23 gotas de vinagre de vinho tinto.
Encho um copo de gelo e preencho o restante espaço com ice tea de manga. Pena não ter cá nenhuma bebida com gás. São as minhas predilectas.

Desabafos Pré-Menstruais

Tenho saudades de falar com alguém que sei que me compreenderá...

Ou melhor, tenho saudades de falar com alguém que eu ache que me irá compreender...

Ou então alguém que finja que me compreende, porra!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Mel para os ouvidos



Se eu fosse gajo, ou lésbica, esta senhora não me escapava!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Diz Posição

Hoje estou bem disposto. Por isso inspiração é mentira...
Vou comer uma salada.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Vago noctívago

Noite

Deu- me agora para tentar dedicar algum tempo ao blog, já que a minha cabeça não se quer dedicar ao sono.
Queimo cigarro atrás de cigarro na esperança que isso me traga alguma inspiração..não resulta.
Tento deixar- me levar pelas palavras mas elas, dizem- me, têm mais em que pensar.
Talvez tenha sucesso com os pontos de interrogação, mas esses, não me dão respostas..só dúvidas e questões.
Os pontos finais há muito que terminaram o assunto comigo.
Viro- me para as reticências... é melhor não. Com essas fico sempre pendente.
As vírgulas, em tempos, diziam- me alguma coisa, mas não sabem parar quando devem. Apenas trazem mais assunto quando mais valia respirar.
Exclamações são prepotentes e arrogantes. Humildade não lhes serve. Têm sempre razão.
Os dois pontos andam sempre juntos, agarrados para todo o lado, sempre prontos a apontar os defeitos e feitios dos outros.
Alcoviteiros.
O ponto e vírgula são autênticas carraças agarradas aos dois pontos e não admitem que se lhe chame á atenção. Quando isso acontece são os primeiros a dizer "sou assim, ponto e vírgula".
Pensei em ligar aos parênteses mas a sua mania de se destacarem e terem sempre mais alguma coisa a dizer quando o assunto é simples, fez- me desistir.
Quando finalmente me decidi pelas aspas, lembrei- me que não passam de duas vírgulas dobradas, sempre prontas a dar outro sentido ás coisas.
Não sei que escreva.
Mais um cigarro.
Nada.
Outro cigarro. Pronto..
Acabou- se- me o tabaco!!!
E lá estão as exclamações para me fazer lembrar que não me deveria ter esquecido de comprar tabaco.
Não me devia ter esquecido ponto e vírgula..eu até me lembrei. O café é que já estava fechado.
Mas para o ponto de exclamação isso não é desculpa. Tento fazer um parenteses e explicar o meu ponto de vista e ele automaticamente coloca um ponto final no assunto.
Tão típico dele.
Típico, entre aspas, porque ele quando quer não coloca reticências em ajudar a dar ênfase ás questões. Mas desta vez mostra- se irredutível e obriga- me a fazer um parágrafo!
Cínico arrogante. Preciso de ti como preciso de erros ortográficos meu traidor!
Desaparece do meu texto! Consigo- lhe dar expressão mesmo sem a tua presença!
Não me ouve.
Não me quer ouvir.
Mudo de capítulo. Chegou o sono.
Ponto final

Comichões Nocturnas

Remexendo-me na cama procuro uma posição, aquela posição certa que me faz ficar KO nas horas em que o sono e o cansaço entram em fusão e pufff. Mas, hoje não. Frustração. A minha mente percorre as gavetas da imaginação, alojadas algures no meu cerebelo. Crio cenários possíveis de uma futurologia desconhecida, com cheiros e sabores à mistura.
Levanto-me. Pego nos livros do Henry Miller que se encontram amontoados entre as minhas revistas "Umbigo" e coloco-os na mó de cima. A noite está amena, não tenho calor nem frio.
Acendo um cigarro ao som de "Painter Song" de Norah Jones. Hoje deu-me para ouvir isto.
Pego no livro que adquiri alguns dias e que tenho tentado ler. Não é por falta de vontade que não o tenho lido, mas ultimamente a literatura obrigatória é outra e a perspectiva pessoal do Woody Allen, por mais prazer que tenha em absorver e remoer a sua perspicaz e espirituosa escrita, deixa-me sempre numa espécie de estado alucinogénico nada comparável com as substâncias utilizadas para esse mesmo efeito. Tento ler mais uma página. Acendo outro cigarro e reparo no amontoado de roupa que vai crescendo na minha cadeira. Gosto da minha desarrumação subtil.
Enquanto isso, rascunhos escritos sobre doenças mentais e comportamentos associados, dormem desorganizadamente pelo chão.
Merda, esqueci-me de comprar chocolate.

Mau Hálito

A minha cadela tem mau hálito...
E de que maneira!
Mas gosto dela na mesma.
Gostaria dela mesmo que deitasse pus dos mamilos.

Em Inglaterra há uns anitos atrás

Andava eu por terras de sua majestade a rainha de inglaterra, absorvido pela saudade e (confesso) carência quando escrevi este poema que a seguir vou escrever.
Hoje, sem nada para fazer decidi vasculhar as gavetas à procura de um livro e encontrei um pequeno dossier com uns rascunhos que fiz na altura em que estava numa pequena vila inglesa a trabalhar, longe dos amigos e da família, e como companhia, escrevia...ora cá vai:

Há pedaços de mim espalhados pela casa
Partículas do meu ser espesinhados por quem passa
Há bocados do passado esquecidos no presente
E o futuro...que não chega, não se ouve nem se sente
Há um final sem fim que de mim se aproxima
Há um monte por subir que não chega lá acima
Há uma rua sem nome nem direcção
Há a misantropia que passa sem prestar atenção
Há uma mão cheia de nada, de vazio e de ninguém
Há uma luz no escuro sem reflexo nem além
E o caminho em que sigo sem saber onde vai dar
É um atalho para nenhures, para apenas não parar
Há um sonho sem côr e uma ferida sem dôr
Há um castelo assombrado sem vestígios de horror
E os meus olhos cegos por só te verem a ti
Vislumbram a razão pela qual te perdi.

Pronto a última parte está lamechas mas como mencionei dentro de parêntesis, estava carente.
Como nunca cheguei a dar um título a este poema, decidi dar-lhe então um nome e de hoje em diante este poema será intitulado de "Há"

domingo, 15 de junho de 2008

Todos com Portugal


Todos com Portugal mas só durante o europeu!
Encontramo-nos numa sociedade que só se une no ambito do bem estar pessoal e colectivo durante os eventos internacionais do desporto rei, e vá lá...no natal também é conveniente aplicar uma boa dose de cinismo (possivelmente adquirida com o guloso subsídio de natal).
Neste momento refiro-me nomeadamente ao europeu de futebol de 2008 disputado na Áustria e na Suiça.
Pronto, quero eu dizer que o "tuga" (por muito que deteste este conceito, é realmente o que melhor define o português comum) só se encontra em comunhão de principios quando a equipa das quinas joga á bola. Depreendo a partir daqui que o que mais importância tem neste nosso país é o futebol, desde que tenham todos a mesma camisola, porque depois de tudo isto voltamos á rotina do "salve-se quem puder" "porque eu sou melhor do que tu e estar a ser educado para com alguém que se encontra num estatuto social inferior será perda de tempo e paciência.
Porque eu sou magro e tu és gordo e ser gordo não é fixe; porque eu não fumo e tu fumas e fumar é feio; porque eu vivo no porto e tu em lisboa e vocês mouros não valem nada".
Presencio diáriamente atitudes medíocres de cada um, tendo em conta a minha profissão que me sujeita (infelizmente) ao contacto directo e insistente com o público.
A sociedade portuguesa está em grande percentagem totalmente desprovida de personalidade, educação, carácter e princípios.
O que interessa é criticar tudo o que mexe e tudo o que se possa desviar do nosso já pequeno universo ainda por cima afunilado naquilo em que pensamos acreditar sem ter fundamento na crença que nos é incutida.
Custa-me em pleno século XXI assistir á regressão psicológica de cada um.
Somos incansávelmente injectados através de vários meios de comunicação social, lazer e muitos outros meios de envenenamento psicológico com a aparência, com a beleza, com o banal e o vulgar.
É conveniente não ter gosto próprio porque podemos cair em alvo de crítica, gozo, chacota.
É conveniente gostar sem gostar do que toda a gente gosta porque caso contrário o mesmo alvo nos levará á mesma queda.
É conveniente não sermos nós próprios porque senão não seremos só mais um e o singular precisa de se sentir integrado no colectivo seja por que meios for.
Somos interceiros porque só sabemos aceitar os outros se pensarem, vestirem, andarem, cagarem ou mijarem como nós...se mijar para a esquerda ja olham para mim de lado e sussuram...olha aquele a mijar para a esquerda...que horror!
Custa-me saber que para o português comum é mais fácil criticar do que compreender sem se preocupar em alargar os seus conhecimentos não culturais mas sociais no que diz respeito ao modo de estar no nosso espaço quando partilhado com o próximo.
Enfim...deixo ainda que em vão um pequeno apelo a toda a gente para dar valor e reconhecimento á personalidade, educação e respeito.
Acredito que quem souber dar valor a estes valores será uma pessoa valiosa de espírito e "consequentemente" proporcionar uma maior harmonia e bem estar para com o próximo.
Mas acredito também (daí ter sublinhado o apelo em vão) que a sociedade em portugal é uma sociedade anti-social.

São duas e um quarto

Passa um quarto de hora das duas da manhã e o tédio caiu-me mal.
Não há razão óbvia para escrever este texto nem tão pouco para deixar de o fazer.
Se calhar um blog acaba por ser uma companhia solitária para estes dias de uma monotonia eufórica com vontade de escrever tudo sem saber o que escrever.
Se calhar só escrevo porque não sei o que hei-de ler.
Se calhar não sei ler nem escrever nem me apetece apetecer saber aprender para aprender a ler o que escrevo.
Estou chateado...daí o deambular destas palavras elegantemente desconexadas de um primor desleixado.
Terei chegado a uma realidade discutível e duvidosa ou o sintoma da entrada na casa dos 30 me começa a fazer ver as coisas com outros olhos?
A crise da meia idade tão cedo? mas ainda nem devo ter chegado a meio...quer dizer: com a vida que levo se calhar ate já estoirei com 75% desta.
Muito sinceramente não faço a mais pálida ideia do assunto que aqui vou postar mas é precisamente por isso que estou aqui a escrever, caso contrário estaria a olhar para a televisão sem estar a ver o que estivesse a dar, ou a ouvir musica sem escutar o que poderia estar a ouvir.
Estou chateado porque são quase duas e meia e não me apetece dormir nem estar acordado. Não me apetece nada daquilo que mais quero.
Acendo um cigarro e os meus pensamentos desvanecem-se com o fumo denso, deturpados pelo ar que estraçalha o fumo em movimentos aleatórios da poeira oxigenada arremeçada por entre as frexas dos estores.
Pronto...eis que acidentalmente encontro um tema para este texto...
"o tabaco mata!" Não. O tabaco não mata. Nós é que nos suicidamos com o tabaco. O chocolate não engorda...nós é que engordamos ao comer chocolate...
Mas que raio de mania a nossa ter que atribuir as culpas áquilo que já sabemos que nos vão prejudicar! Por que raio temos nós que instintivamente apontar o dedo a tudo o que nos destrói quando na realidade somos nós que nos enfiamos na boca do lobo?
Porque havemos de dizer sempre que o árbitro é gatuno quando a nossa equipa não joga nada e perde os jogos?
Será uma "dádiva de deus" este nosso sintoma automatizado de maneira inconsciente ou subconsciente de tal modo que não nos apercebemos que os erros vêm única e exclusivamente da nossa parte?
Se acontece algo de bom é "graças a deus", se a vida não nos corre como gostaríamos é culpa de alguém ou de algo!
"A culpa é de todos em geral, a culpa não é de ninguém em particular".
Escrevi esta última frase entre aspas porque é uma frase retirada de um senhor chamado José Mário Branco, músico revolucionário da época de Zeca Afonso, mas faço minhas as suas palavras.
Enfim "foi só mais um dia mau" (excerto da letra de uma música dos ornatos violeta).
Sinto-me tentado a tentar escrever mais qualquer coisa mas sei que vou cair na estupidez por isso assim me despeço com aquele pedido de desculpas (formal) por qualquer coisinha.
Obrigado blog por me teres proporcionado o desabafo ainda que ridicularizado pelo cansaço e revolta pessoal de mais um dia de trabalho e mais um dia de merda de um trabalho de merda, partilhado por pessoas de merda.

P.S: Viram? lá estava eu a atribuir a culpa a alguém ou algo...neste caso à merda.
Somos todos iguais.
Somos todos defeituosos.
Deixemo-nos de tentar encontrar a perfeição. Não existe!
A perfeição é uma utopia inalcansável e é em vão o nosso esforço ambíguo e transcendente para a alcançar.
A realidade está nublada pela vida de aparência e conveniência que o ser humano leva.
E será este o nosso triste final.

P.S2: Como já pedi desculpas la em cima, resta-me despedir cordialmente de todos vocês...merdosos como eu.

P.S3: na merda chafurdemos até que em merda nos transformemos

=)

sábado, 14 de junho de 2008

puro talento

Venho por este meio comunicar aos interessados ( que não são muitos, mas a procissão ainda vai no adro) que para enorme gáudio e regubilo dos autores deste, ainda, pequeno blog......

(como hei- de pôr isto para sublinhar ainda mais a façanha??)

portanto..venho por este meio..blablabla ja disse, gáudio e não sei quê.. ahhh já me lembro..
que para enorme gáudio e regubilo ( regubilo é muito bom) dos autores deste, AINDA, pequeno blog, ao ser digitado " conspiraçao com inspiraçao" no tão propalado Google* , este conspirado e inspirado espaço de meditação aparece em segundo lugar!!!!!!

Isto é significativo de um esforço em conjunto para que, em prol de um blog digno, fossem criadas as condições para o sucesso do mesmo.

Uma pequena grande vitória para um pequeno, mas com infinita e imparável margem para crescer, blog.

Concluíndo, estaremos por aqui sempre nós quisermos e bem estivermos inspirados numa qualquer conspiração..


*reparem na subtileza do asterisco..fantástico! mas não era por razão nenhuma em especial, era só porque os textos com asteriscos de consulta rápida no final das páginas dos livros, dão um ar mais credível ao que está a ser lido.
Até porque todos sabemos o que é o Google
Housten, i have a problem

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Arrastão


Sensações controversas e doentes, servidas em bandejas e embrulhadas em caixinhas de papel reluzente, como prendas de aniversário se tratasse.
Algumas, depois de abertas, cheiram a felicidade e provocam agradáveis levitações de paz interna. Outras, empestam o ar com o seu odor a destruição e quando inalado provoca imaginários rasgos na pele, olhos, boca, peito.

Não sei qual delas gosto mais, depende dos dias.

Nossa obra primeira

A minha primeira contribuição para um blog que, no mínimo, não parece menos brilhante que os mais geniais que nunca vi!
Aqui vai:

Quando me quero surpreender, não o faço..
Se o quero fazer, não me surpreendo!
Mas se me proponho ser alguém e quando só tento ser humano,
mais vale ser animal, do que tentar sê- lo!!!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Elogios Difamatórios

Selma: Oh Jorge...as gajas do trabalho estão com o período? Tu hj estás mt sensível.
13: Parece mentira mas estão todas a morrer.
Tiago: Confirma.
13: Cada uma a cair p o seu lado, isto do ponto de vista delas. Estou rodeado de hipocondríacas.
Selma: ahahahahahahahahahah! Como as percebo!
13: Fdx mas é demais. Uma delas mata-me.
13: Ontem estava mal disposta. Hoje doía-lhe a perna e à noite começou-lhe a doer o dente.
Selma: Por favor, se eu ficar assim ajudem-me, é um espírito maléfico que me está a possuir.
Selma: Dêem-me drogas e bebida.
13: Foda-se. Como é q ainda tá viva???
Selma: Impressionante, n é? Venha de lá o apocalipse que a senhora sobrevive. Deve ser descendente das baratas.
13: Mesmo.
Tiago: Cada dia q passa tenho mais a certeza q não quero compromissos.
13: Eu acho q me tornei monogamo.
Tiago: As mulheres são um poço d esquisitices e chatices e complexos e fodasses. Lol.
13: Mesmo.
Selma: Eu concordo com vocês!
13: Da mm maneira q eu concordo c vcs qdo dizem o mesmo dos homens.
Selma: Eu sinto-me frustada. Sou um gajo num corpo de gaja e tenho de levar com os sintomas todos.
Tiago: O homem tem d ter uma paciência d jó pa as aturar.
Tiago: Nós somos aquilo q somos. Um livro aberto.
Selma: Os homens são uns queridos.
Tiago: Vocês sao bíblias autênticas, as quais cada religião tem a sua interpretação da coisa.
Tiago: Porra. Foi boa esta.
13: Foi blogável.
Tiago: Acho q sim.
Tiago: Quando menos esperarem o tiago começa a jorrar e a debitar textos de beleza trancendental e tal. Lol.
Selma: Sabem que mais? Vou por esta conversa no blog.
13: Bom...Boa ideia.
Tiago: Bem, n sei.
Selma: Tá caladinho.
13: LOL
13: Foda-se!
Tiago: 8-/
13: A Selma vai por a parte do tá caladinho. E vai modifica-la ligeiramente.
Selma: Achas? Nada disso.
Selma: O titulo será elogios difamatórios.
13: Ena!
Tiago: Conversa de merda.
Tiago: Loooool.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Definição de Nós

Corpos intitulados de "refúgios alcoólicos", cérebros empestados de ideias e ideais que nos provocam cócegas na inteligência. Definitivamente, Mentes Brilhantes.
Que se lixe a intelectualidade das palavras e da compreensão. Nascemos para sermos assim, e gostamos.
O resto são futilidades.