sábado, 30 de maio de 2009
O Amor
A minha priminha casou-se e estou feliz por ela.
O Paulo (o recém-marido) é um fixe e fiquei contente com esta união.
Gostei que ambos se tivessem casado mas não gostei do casamento, porque não gosto de casamentos.
Sinto uma repulsa tão grande em relação aos casamentos que aos trinta e um anos ainda me encontro solteiro.
E por falar em solteiro, venho hoje, por intermédio deste post falar-vos de amor. Ou do meu ponto de vista do verdadeiro significado desta reacção psico-química humana, a que foi atribuído o nome científico de amor.
Falo por mim e não descarto opiniões divergentes á minha, mas o amor não é mais do que o sentimento mais egoísta da Humanidade.
"Gosto muito de ti, desde que correspondas aos meus caprichos e exigências."
É mais ou menos neste sentido que vejo o amor.
O casamento existe porque é complicado fazer, construir, organizar uma vida singular.
As despesas, as lidas de casa, a opinião pública, e muitos outros factores, empurram o Ser Humano para uma união protegida com testemunhas oculares e oficiais. Uma espécie de direitos de autor.
"Eu é que sei se gosto ou não de ti e se quero ou não fazer uma vida contigo" mas este sentimento só é validado no meio de familiares, amigos, roupas de domingo, fotografias, entradas, sopas, dois ou três pratos principais, buffet, champanhe, bolo de noivado e finalmente a embriaguês que ajuda todos os presentes a acreditar que a noiva está linda e que tudo vai correr bem, como se o divórcio, os maus tratos, violência doméstica e os filhos que se metem na droga só acontecesse aos outros.
Julgo ter perdido a capacidade de amar por volta dos meus vinte e quatro anos.
Foi como se tivesse sofrido um acidente e tivesse sido sujeito á amputação desse sentimento para minha sobrevivência.
Talvez o meu problema seja gostar de mulheres em geral e não de uma mulher em particular.
Apesar de ter começado este post demonstrando a minha felicidade em relação ao casamento da minha prima, quero deixar-lhe um recado muito importante:
Prima, se me estiveres a ler, espero que seja a primeira e última vez que te cases, ou se o voltares a fazer, por favor não me convides.
Porque para além de abominar casamentos, este foi particularmente desconfortável e incomodativo, dado que praticamente desde o início do casamento até quase ao final deste, me deparei com perguntas da C.C(Comunidade Cota) que lá se encontrava, do tipo: "então o próximo és tu?" ou "então e tu já casaste?", ou "Aqui o meu sobrinho é o próximo" ou até mesmo "então mas ainda não te casaste? está tudo bem? passa-se alguma coisa?".
C.C (Comunidade Cota), não, eu não sou gay, não sou psicopata (acho eu) e lamento que não compreendam que existem diferentes e variados pontos de vista em relação a uma vida a dois.
P.S: beijinhos para ti, priminha, e não te esqueças de me trazer qualquer coisa de N.Y.
P.S:2 Lembrei-me agora de uma maneira de me fazerem gostar de casamentos, ou pelo menos, não os abominar:
Já que já se pode preencher o IRS pela internet, porque não fazer o mesmo com os casamentos?
"Você e a sua namorada amam-se e tencionam casar? O amor, fidelidade e apoio na saúde e na doença, nos bons e nos maus momentos, tudo num só clique!"
Fica aqui a sugestão.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário