terça-feira, 30 de setembro de 2008

1:37 30/07/2008

...até porque se formos bem a ver, se tivéssemos os pés bem assentes na terra, nada disto acontecia. - Diz-me o outro...
Agora se formos a pensar em algo que está para lá dos parâmetros da compreensão universal, então nunca mais lá chegamos!
Porquê? O que é que tu vês de concreto aqui? Nada...
Pronto...Tás a ver?
O que te estou a tentar dizer com isto é que não há nada a dizer em relação ao que teria sido ouvido se não fossem os outros a dizer.
Captaste agora?
Percebeste?
Vamos lá a ver uma coisa..
Imagina que te encontras numa situação daquelas.
Tás a ver?
Agora é só mesmo pensares no que te poderia acontecer, ou no que lhes poderia ter acontecido.
Ou até mesmo a nós!!!
Caso contrário também te digo que não acho que tenha qualquer ligação lógica em relação ao contexto.
Não...não acho que tenha que ser assim.
Apesar de serem muito poucas as vezes que me deparei com tal...
Enfim...eu gosto de não dizer nada por outras palavras.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

E por falar em Stress...

Nada melhor que os emblemáticos Feromona!

domingo, 28 de setembro de 2008

Tumultos Constantes

Desde que vim de férias nunca mais me apeteceu pegar num computador, confesso. Há muito tempo que não usufruía de tempo livre bem passado, tempo esse numa terra algures perdida em Portugal, onde aromas a tomates gigantes, praias selvagens, flores de viúvas em forma de falos e montes algarvios abundam de tal forma que nem a essência do "Coco Channel" consegue ser mais forte.
"Cheira a pessoas", dizia eu quando coloquei o meu pé num passeio lisboeta após a minha chegada. Eu queria mesmo era não ter saído do sitio onde tinha estado durante uma semana e meia. Mas a vida tem destas coisas, acaba-se o "cu alapado ao sol" e voltamos à vidinha mundana, aos despertadores com toques irritantes, ás manhãs frenéticas em transportes públicos, aos cafés quentes em chávenas escaldadas tomados ao balcão. Não sendo suficiente, acumula-se o famoso stress, doença da moda; já não podemos passar sem ele. Aliás, uma pessoa sem stress não é uma pessoa normal! E sendo eu do sexo feminino, para além do stress que possuo, também tenho aquela coisa chamada Síndrome que aparece antes e depois da hemorragia mensal.

Diz que isto de ser gaja, menina ou senhora, não traz vantagens.
Os meus amigos, que maioritariamente são homens, apontam (me) constantemente as capacidades "negras e diabólicas" que tenho. Bem sei que não são direccionadas à minha pessoa, mas sim ao género a que pertenço. É a facilidade em fingir orgasmos (longe deles qualquer mulher assim, são rapazitos dotados e nunca lhes calhou nenhuma na rifa, grunham eles), é o cinismo, é a capacidade de persuasão, é quase tudo. Contudo, o quase faz toda a diferença.
A sensibilidade para nós (mulheres), é algo que nos assombra. É como uma bolha num pé preste a rebentar. Quantas de nós gostariam de ser desprovidas desse incómodo que nos deixa irritadas quando nos ferem a sensibilidade.
Ora, venham de lá as feministas e tal, com as suas teorias que somos todos iguais, quando na realidade não somos.
Eis que me encontro numa altura de sensibilidade máxima. Altura essa em que, no mundo imaginário das mulheres constroi-se prédios modernos, com vistas panorâmicas, decorações artísticas, com jardins interiores inundados de bonsais e outras plantas exóticas. E, quando inesperadamente estamos numa conversa informal, alguém diz uma frase com um sentido que desfaz a nossa "arquitectura", como se fosse um tremor de terra de magnitude 8.3 na escala de Richter.
Mas na realidade, de quem é a culpa? A quem apontar o dedo? Àquele que por instantes deixou-nos a espumar pelos cantos da boca, que nos provocou dores nos dentes e assobios nos tímpanos?
A culpa é do Síndrome que nos deixa estupidamente parvas, sensíveis, atormentadas, inseguras e vazias. O que é certo é que o pouco tempo que tem efeito, provoca o afundamento do nosso intelecto em questões de segundos e lá temos que vestir a capinha de "somos assim: gajas" e limpar a espuma que secou no canto dos lábios.
A culpa, essa, é das Hormonas!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Filhos da puta


Tentaram assaltar o meu carro hoje á noite. Estava estacionado nas terras ao pé do meu prédio. Quando cheguei esta manhã ao carro estava aberto com o plastico que envolve o canhão da ignição todo despedaçado. Pois é meus filhos da puta..fiz um corte de corrente para palhaços como voçês, parasitas do caralho, não conseguirem fazer ligação direta no meu boguinhas. Acabaram por levar só um estojo com 20 cd´s piratas. Mas deixaram o mp3 ( estupidos). A porta foi forçada e está um pouco torta mas já lhe dei um jeito. Só não consegui fazer o bogas parar de chorar o tempo todo até chegar aqui ao trabalho. Vou ter de lhe dar o apoio psicologico que ele, tadito, tanto precisa. Meus bogas lindo. Esta agora é dedicada aos filhos da puta que tentaram mas não conseguiram.. VÃO TRABALHAR CARALHO!!!! Não ando a trabalhar que nem um porco para me roubarem o que tanto me custa ganhar!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Desgostos...


Não gosto de fazer a barba.
Não gosto de fazer a cama nem gosto de acordar com o barulho das obras.
Não gosto do pessoal que entra no metro sem deixar sair primeiro quem está para sair.
Não gosto que não me digam bom dia/tarde/noite.
Não gosto de usar o que se usa nem de ouvir o que se ouve.
Não gosto de estar in nem gosto de me sentir out.
Não gosto da ideia de gostar de alguém.
Não gosto de não gostar de gostar de alguém.
Não gosto da rotina nem da obrigação.
Não gosto do que toda a gente gosta.
Não gosto de estar sozinho nem gosto de companhia.
Não gosto do que vejo diariamente nas notícias.
Não gosto das telenovelas brasileiras nem das portuguesas.
Não gosto da representação dos actores das telenovelas portuguesas.
Por isso é que não gosto de telenovelas portuguesas...nem das brasileiras.
Não gosto do tédio.
Não gosto de hospitais nem gosto de remédios.
Não gosto de côres vivas nem gosto de ir á praia.
Não gosto de beber água por muito desidratado que esteja...bebidas, sempre com gás, se não for pedir demais...com álcool também.
Não gosto de silicone nem de unhas de gel nas mulheres.
Não gosto de reality shows.
Não gosto do aborrecimento em que este texto se tornou.
Não gosto de escrever nem gosto que leiam o que escrevo.
...
Mas também não o apago.
Porque não gosto de apagar aquilo que não gosto de escrever.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Breve historia sobre a temática, por vezes histérica mas quase sempre apaixonada e apaixonante, do futebol


O futebol foi inventado em Portugal.
Facto desmentido e ignorado por sucessivos governantes desta nossa bela praia á beira-mar deixada.
Não consta, então, que haja qualquer registo, quer na Torre do Tombo, quer num qualquer livro de história, ou sequer no "24 Horas", que o futebol foi inventado em Portugal há centenas de anos!
Mas meus amigos..
Não é boato. Não é mito. Nem è, tão pouco, uma utopia!
È a pura das verdades.
Mais precisamente no tempo da conquista de Portugal aos mouros, ainda Portugal não era bem Portugal. Tinhamos ali umas territas com nomes que, ora eram romanos, ora eram árabes, ora eram sabe-se lá o quê.. parecia o Martim Moniz, a praça.
Nessa altura os nossos bravos conquistadores gostavam tanto de futebol, mas tanto de futebol que o inventaram.
Era, definitivamente, o desporto favorito dos bravos cavaleiros Portugueses.
D. Afonso Henriques, O Conquistador, delirava, mais ainda, com a arte do pontapé na chicha. Diz- se que nos tempos livres também gostava de dar pontapés na mãe e, esporadicamente, nos mouros.
Mas a bola é que o deixava maluco.
Escusam de Googlar. Nada disto aparece nos registos historicos mas, continuo a afirmar, è a mais pura das verdades!
Conto-vos aqui uma pequena historia desse tempo.
Numa tarde solarenga e convidativa ao futebol...bem...em abono da verdade, para D.Afonso, qualquer tarde era uma boa tarde para jogar á bola. Nem que chovessem do céu "aquelas coisas vermelhas que se abrem em facas do Satanás" ( na altura eles não sabiam o que eram canivetes) mas naquele dia até estava um dia bonito.
Muito publico, como sempre, mesmo com as entradas a serem consideradas altas. O bilhete para os calhaus inferiores custava três papos de galinha. E eram os mais baratos. Havia adarves superiores a custar uma cabeça de porco e dois tomates de galo. Já para não falar nas canhoeiras que eram reservadas á nobreza e menos de sete cabras não chegavam para pagar o lugar.
Mas adiante.
D.Afonso mandou reunir os seus bravos cavaleiros no átrio do Castelo de Marvão.
Por regra, ou não fosse ele o rei, era D.Afonso quem escolhia as equipas. Para a sua, os mais capazes, para a do D.Martim Moniz (o homem), os ditos..coxos! Mas naquele dia até acordou bem disposto porque tinha estado na noite anterior, do alto das muralhas, a fazer pontaria aos mouros, lá em baixo, com cócós de cavalo.
Resolveu, então, deixar a tarefa da escolha dos jogadores a cargo de D.Martim.
D.Martim estranhou mas anuiu.
Assim foi. D.Martim resolve então escolher para a sua equipa o D.Luis de Aljustrel, sem duvida alguma, o Figo da Idade Média.
D.Afonso não concordou com a escolha e pediu para D.Martim repetir.
D.Martim, fiel servidor, volta a escolher. Olha á sua volta e vê D.Robert de Zidane, um francês que veio a mando do rei de França para ajudar na luta contra os infieis. Escolhe-o.
D.Afonso não concordou com a escolha e pediu para D.Martim repetir.
D.Martim, fiel servidor, volta a escolher. Começou a ficar preocupado e escolheu D. Ricardo de Lello, a sua última esperança.
D.Afonso coça o queixo e pensa.
D.Afonso não concordou com a escolha e pediu para D.Martim repetir. D.Martim, já não tão fiel servidor, aponta dez jogadores ao calhas.
D.Afonso chama quem quer e dá-se inicio á partida.
Uma jogada de mestre de D. Luis de Aljustrel logo no primeiro minuto dá origem ao primeiro canto do jogo. Por norma os pontapés de canto são marcados pelo proprio D.Afonso que se faz á marca. O canto é marcado e D. Robert de Zidane com uma cabeçada sem igual espeta a primeira batata na baliza á guarda de D.Martim. Regubilo (pois é..regubilo) total nos adarves. D.Martim agastado com a sua defesa pega na bola e dá-lhe um valente pontapé. Bruá do publico que vê a dita bola atravessar as muralhas e ir parar direitinha ao acampamento de mouros lá mesmo em baixo.
D.Martim entra em pânico e D.Afonso começa a berrar com ele. Ordena que ele lá vá abaixo buscar a bola. È uma regra com quase 800 anos. Quem atira vai buscar. Ponto.
Os árabes, lá em baixo, gozam com a situação. Gritam a D.Martim para descer e ameaçam cortar a bola. Como isto não consta em qualquer registo historico não se sabe ao certo o que aconteceu. O mais certo é nem ter acabado o jogo até porque as tripas de porco que faziam as bolas já tinham acabado. Consta também que D.Martim ficou preso nas portas de Lisboa por causa de um jogo de futebol junto ás muralhas do Castelo de S.Jorge. Mais uma vez comeu um golo, não gostou, pegou na bola e pontapeou-a mas desta feita foi para dentro das muralhas onde, mais uma vez, os árabes lhe ficaram com a dita. Mas D.Martim, já farto de perder bolas, atirou-se bravamente contra as portas dando assim passagem a D.Afonso e seus pares para, então, recuperarem a bola. Grande parte dos feitos da gloriosa historia de Portugal foi devido á febre da bola. Camões ficou cego, não por uma bala perdida em África mas devido a uma moeda atirada de um adarve superior enquanto jogava num castelo fora. Mas isso é tema de outra conversa.

sábado, 13 de setembro de 2008

Pensamentos...

"Não vemos as coisas como elas são mas sim como nós somos"
(Anais Nin)

"Nós poderíamos ser melhores se não quiséssemos ser tão bons"
(Freud)

"O Homem que se vangloria não tem o seu mérito reconhecido"
(Lao-Tsé)

"A muita luz é como a muita sombra: Não nos deixa ver"
(Autor desconhecido)

"O Homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo"
(Balzac)

"As únicas pessoas que nunca fracassam são as que nunca tentam"
(Autor desconhecido)

"Nada de grande se cria de repente"
(Autor desconhecido)

"Não Corrigir as nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros"
(Confúcio)

"Põe quanto tu és no mínimo que fazes."
(Fernando Pessoa)

" Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira "
( Tolstoi )

" Crê nos que buscam a verdade. Duvida dos que a encontraram "
( André Gide )

" Experiência não é o que aconteceu com você; mas o que você
fez com o que lhe aconteceu "
( Aldous Huxley )


" Não há vento favorável para aquele que não sabe aonde vai. "
( Sêneca)

"Os filósofos têm um problema para cada solução"
(Autor desconhecido)

"Lixo = coisas que jogamos fora.
Coisas = lixo que guardamos."
(Autor desconhecido)

"Não há pior inimigo do que um falso amigo."
(Autor desconhecido)

"Evite acidentes. Faça de propósito."
(Autor desconhecido)

"No avião, o medo é passageiro."
(Autor desconhecido)

"Eduquem as crianças e não será necessário castigar o Homem"
(Pitágoras)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Rasgo (me) de solidão












Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo todavia.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desditoso.

Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.


Pablo Neruda - Soneto