terça-feira, 16 de setembro de 2008

Breve historia sobre a temática, por vezes histérica mas quase sempre apaixonada e apaixonante, do futebol


O futebol foi inventado em Portugal.
Facto desmentido e ignorado por sucessivos governantes desta nossa bela praia á beira-mar deixada.
Não consta, então, que haja qualquer registo, quer na Torre do Tombo, quer num qualquer livro de história, ou sequer no "24 Horas", que o futebol foi inventado em Portugal há centenas de anos!
Mas meus amigos..
Não é boato. Não é mito. Nem è, tão pouco, uma utopia!
È a pura das verdades.
Mais precisamente no tempo da conquista de Portugal aos mouros, ainda Portugal não era bem Portugal. Tinhamos ali umas territas com nomes que, ora eram romanos, ora eram árabes, ora eram sabe-se lá o quê.. parecia o Martim Moniz, a praça.
Nessa altura os nossos bravos conquistadores gostavam tanto de futebol, mas tanto de futebol que o inventaram.
Era, definitivamente, o desporto favorito dos bravos cavaleiros Portugueses.
D. Afonso Henriques, O Conquistador, delirava, mais ainda, com a arte do pontapé na chicha. Diz- se que nos tempos livres também gostava de dar pontapés na mãe e, esporadicamente, nos mouros.
Mas a bola é que o deixava maluco.
Escusam de Googlar. Nada disto aparece nos registos historicos mas, continuo a afirmar, è a mais pura das verdades!
Conto-vos aqui uma pequena historia desse tempo.
Numa tarde solarenga e convidativa ao futebol...bem...em abono da verdade, para D.Afonso, qualquer tarde era uma boa tarde para jogar á bola. Nem que chovessem do céu "aquelas coisas vermelhas que se abrem em facas do Satanás" ( na altura eles não sabiam o que eram canivetes) mas naquele dia até estava um dia bonito.
Muito publico, como sempre, mesmo com as entradas a serem consideradas altas. O bilhete para os calhaus inferiores custava três papos de galinha. E eram os mais baratos. Havia adarves superiores a custar uma cabeça de porco e dois tomates de galo. Já para não falar nas canhoeiras que eram reservadas á nobreza e menos de sete cabras não chegavam para pagar o lugar.
Mas adiante.
D.Afonso mandou reunir os seus bravos cavaleiros no átrio do Castelo de Marvão.
Por regra, ou não fosse ele o rei, era D.Afonso quem escolhia as equipas. Para a sua, os mais capazes, para a do D.Martim Moniz (o homem), os ditos..coxos! Mas naquele dia até acordou bem disposto porque tinha estado na noite anterior, do alto das muralhas, a fazer pontaria aos mouros, lá em baixo, com cócós de cavalo.
Resolveu, então, deixar a tarefa da escolha dos jogadores a cargo de D.Martim.
D.Martim estranhou mas anuiu.
Assim foi. D.Martim resolve então escolher para a sua equipa o D.Luis de Aljustrel, sem duvida alguma, o Figo da Idade Média.
D.Afonso não concordou com a escolha e pediu para D.Martim repetir.
D.Martim, fiel servidor, volta a escolher. Olha á sua volta e vê D.Robert de Zidane, um francês que veio a mando do rei de França para ajudar na luta contra os infieis. Escolhe-o.
D.Afonso não concordou com a escolha e pediu para D.Martim repetir.
D.Martim, fiel servidor, volta a escolher. Começou a ficar preocupado e escolheu D. Ricardo de Lello, a sua última esperança.
D.Afonso coça o queixo e pensa.
D.Afonso não concordou com a escolha e pediu para D.Martim repetir. D.Martim, já não tão fiel servidor, aponta dez jogadores ao calhas.
D.Afonso chama quem quer e dá-se inicio á partida.
Uma jogada de mestre de D. Luis de Aljustrel logo no primeiro minuto dá origem ao primeiro canto do jogo. Por norma os pontapés de canto são marcados pelo proprio D.Afonso que se faz á marca. O canto é marcado e D. Robert de Zidane com uma cabeçada sem igual espeta a primeira batata na baliza á guarda de D.Martim. Regubilo (pois é..regubilo) total nos adarves. D.Martim agastado com a sua defesa pega na bola e dá-lhe um valente pontapé. Bruá do publico que vê a dita bola atravessar as muralhas e ir parar direitinha ao acampamento de mouros lá mesmo em baixo.
D.Martim entra em pânico e D.Afonso começa a berrar com ele. Ordena que ele lá vá abaixo buscar a bola. È uma regra com quase 800 anos. Quem atira vai buscar. Ponto.
Os árabes, lá em baixo, gozam com a situação. Gritam a D.Martim para descer e ameaçam cortar a bola. Como isto não consta em qualquer registo historico não se sabe ao certo o que aconteceu. O mais certo é nem ter acabado o jogo até porque as tripas de porco que faziam as bolas já tinham acabado. Consta também que D.Martim ficou preso nas portas de Lisboa por causa de um jogo de futebol junto ás muralhas do Castelo de S.Jorge. Mais uma vez comeu um golo, não gostou, pegou na bola e pontapeou-a mas desta feita foi para dentro das muralhas onde, mais uma vez, os árabes lhe ficaram com a dita. Mas D.Martim, já farto de perder bolas, atirou-se bravamente contra as portas dando assim passagem a D.Afonso e seus pares para, então, recuperarem a bola. Grande parte dos feitos da gloriosa historia de Portugal foi devido á febre da bola. Camões ficou cego, não por uma bala perdida em África mas devido a uma moeda atirada de um adarve superior enquanto jogava num castelo fora. Mas isso é tema de outra conversa.

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