Mais um dia dos vários dias que tenho tido, em que a cabeça funciona a mil, o coração salta pela boca e vomito-me em pedaços.
Questiono-me porque é que a vida não se apresenta como a delineei. Afinal, até fiz bem o desenho, usei as cores certas e no entanto, o esboço tornou-se uma perda de tempo e dedicação.
Os níveis de cansaço estão nos limites e os clichés fazem-se ouvir "vai tudo correr bem".
Dou o murro na mesa. Farta, estou farta, estou cansada. Por mim podem rebolar-se por entre os espinhos, serem mordidos por cães com raiva, apanharem a porra da Gripe A, mutilarem-se...o que for. Não quero saber.
Chega de filosofia de vidas, de pensamentos de famosos ilustres e de verdades inquestionáveis.
Aceito as coisas como são, fazer o quê?
Alguém me diz que estou no processo correcto. Oh porra, eu estou no processo correcto, a fazer o suposto, enquanto outros lucram com as minhas forças despejadas em lixo humano.
Mais uma vez rebento-me, dou o litro, estico a corda e ela parte-se.
Vou criar a minha caixinha de Pandora, oferecê-la a umas quantas pessoas e fazer o meu próprio Eternal Sunshine of the Spotless Mind.
5 comentários:
ao ler, parecia que o estava a escrever mentalmente.
Faço das tuas as minhas palavras e ouso acrescentar: nem sempre vivemos quando fazemos pela vida, porque a vida já está feita para os que vivem sem saber.
Atenção Miúda que o Eternal é o lado bom da moeda. O outro podes vê-lo em Synedoche NY...mas é muito mais negro. E a (des)propósito, quando é que me ofereces um chá?
13, gostei dessa partilha de pensamento. :)
Uncle George! :)
Diz que o Synedoche NY é assim uma coisinha deliciosa! Confirmas, claro! Então, temos de ir beber um cházinho de Lichias e comer uns scones com doce no sitio do costume e debatermos as nossas filosofias :P
Darling Niece,
Nestes tempos que correm philosophy é mais cupcakes... ;-)
Enviar um comentário