terça-feira, 17 de junho de 2008

Comichões Nocturnas

Remexendo-me na cama procuro uma posição, aquela posição certa que me faz ficar KO nas horas em que o sono e o cansaço entram em fusão e pufff. Mas, hoje não. Frustração. A minha mente percorre as gavetas da imaginação, alojadas algures no meu cerebelo. Crio cenários possíveis de uma futurologia desconhecida, com cheiros e sabores à mistura.
Levanto-me. Pego nos livros do Henry Miller que se encontram amontoados entre as minhas revistas "Umbigo" e coloco-os na mó de cima. A noite está amena, não tenho calor nem frio.
Acendo um cigarro ao som de "Painter Song" de Norah Jones. Hoje deu-me para ouvir isto.
Pego no livro que adquiri alguns dias e que tenho tentado ler. Não é por falta de vontade que não o tenho lido, mas ultimamente a literatura obrigatória é outra e a perspectiva pessoal do Woody Allen, por mais prazer que tenha em absorver e remoer a sua perspicaz e espirituosa escrita, deixa-me sempre numa espécie de estado alucinogénico nada comparável com as substâncias utilizadas para esse mesmo efeito. Tento ler mais uma página. Acendo outro cigarro e reparo no amontoado de roupa que vai crescendo na minha cadeira. Gosto da minha desarrumação subtil.
Enquanto isso, rascunhos escritos sobre doenças mentais e comportamentos associados, dormem desorganizadamente pelo chão.
Merda, esqueci-me de comprar chocolate.

2 comentários:

13 disse...

Merda.
Adoro a tua escrita.
Este texto fez-me comichão ao intelecto.

Sá Gouveia disse...

Se a psicologia se transformar em merda pode sempre tentr o Cinema. Bem-Vinda à ESTC....LOLOLOLOL....também conhecida como Casa Amarela II