quinta-feira, 26 de junho de 2008

Elotórios Difamagios

Agora sim, estou bem!
Chiça (ou xiça ou chissa ou xissa) este calor dá cabo de um gajo.
Acabo de chegar a casa, tiro a roupa e como a minha saladinha de feijão frade com atum e ovo cozido, todos eles salpicados com um bocado de cebola desajeitadamente picada e ligeiramente temperados com um fiozinho de azeite e aproximadamente umas 17 a 23 gotas de vinagre de vinho tinto.
Encho um copo de gelo e preencho o restante espaço com ice tea de manga. Pena não ter cá nenhuma bebida com gás. São as minhas predilectas.
Encontramo-nos a escassos dias do dia de S.Receber, e como tal, escusado será dizer que assim como os escassos dias que faltam, também escasseia o dinheiro que tanta falta me faz...para gastar...para fazer falta.
Isto para dizer que em forma de improviso de poupança, ontem á noite antes de sair do trabalho decidi ser interceiro de uma forma simpática para com as minhas colegas ao prontificar-me voluntariamente para lhes oferecer uma garrafita de água de meio litro da serra da estrela (passo a publicidade) bem fresca que com este calor é o que melhor sabe (tirando a cerveja).
As minhas queridas colegas, satisfeitas com o meu acto generoso, lá agradeceram o meu cavalheirismo e lentamente bebericavam pequenos goles de água que praticamente nem lhes chegavam á goela.
Pareciam mais interessadas em molhar os lábios do que em matar a sede. Talvez tivessem receosas de serem acusadas de homicídio qualificado em primeiro grau, mas dois pontos (:) Primeiro podemos matar toda a sede que tivermos e sentirmos, que a lei nunca nos punirá por tal, e segundo, mesmo que fosse considerado homicídio, nunca poderia ser em primeiro grau porque com as temperaturas que se têm feito sentir, lá seria um acto criminoso para cima dos 30 graus (20 e tais á sombra).
Tudo isto me provocou uma certa ansiedade e impaciência até que, passados alguns minutos decidi agarrar nas garrafas de água que lhes ofereci e despejei o conteúdo para dentro de uns simpáticos e descartáveis copos de cartão de cor azul com o símbolo da pepsi (passo novamente a publicidade mas fazem-me falta os patrocínios).
Feito isto e agora sim a razão de ser do meu acto generoso para com as minhas colegas, agarro nas garrafas e sorrateiramente começo a enchê-las com sangria. Se a minha chefe visse lixava-me. Mas ia acabar por passar...
Ao acabar de encher as quatro garrafitas de meio litro, coloquei-as num saco plástico juntamente e de novo sorrateiramente com duas latas de 7up (passo a publicidade) para fazer a mistura.
Ok. Missão cumprida!
Agora vou ter com os meus amigos ao bairro alto e não vou gastar um tostão, trazendo comigo 2 litros de sangria, fora a 7up. Assim ainda deu mais do que dois litros. E o único dinheiro que iria gastar seria para a vaquinha para o táxi, sendo que íamos todos para o mesmo destino.
Resultado: Fomo-nos embebedar no indie bar com martinis a 2.50€...
Depois de um animado e longo diálogo com palavras enroladas pela embriagues adocicada em vaidosos copos de dois dedos de martini, três grandes cubos de gelo, um ramo de hortelã, uma meia lua de limão do tamanho de uma meia lua vista cá de baixo e uma palhinha preta cravada no líquido, constatei que a fusão do limão com a hortelã resultava numa agradável essência a eucalipto.
Provoquei o desacordo entre os meus amigos, e originou-se um debate de tal maneira interessante que ás tantas decidimos chamar o barman para avaliar por si mesmo se a minha opinião teria fundamento...
Não. O barman era simpático e estava a fazer um bom trabalho, porque enquanto servia as bebidas aos clientes, ia intervaladamente escolhendo músicas, brincando de dj e fazendo umas passagens melhores que outras, mas sempre com boas músicas de boas bandas, tais como the cramps, mão morta, morphine, joy division, ornatos violeta, echo & the bunnymen etc.
Mas também achou que eu estava errado.
Fui novamente generoso e não pedi o livro de reclamações, porque a fusão de limão com hortelã resulta na essência a eucalipto!
Vão por mim...
Passadas cerca de duas horas e meia de lá estarmos, decidimos vir embora.
Fomos comprar tabaco e lá fomos os três (éramos três) para casa do Chico que ao sair do taxi decidiu chamar nazi ao taxista.
Realmente parecia e aquilo até foi dito de uma maneira simpática mas enfim.
Entrámos em casa e continuámos a nossa alegre embriagues e desta vez sim, com a sangria!
Jogámos buzz...já agora: Chico és um batoteiro...quando não fazes batota fazes bluff e bluff é batotice.
Mesmo assim ganhaste á rasca!
Adormecemos.
Cheguei á bocado a casa, tirei a roupa e comi a minha saladinha de feijão frade com atum e ovo cozido, todos eles salpicados com um bocado de cebola desajeitadamente picada e ligeiramente temperados com um fiozinho de azeite e aproximadamente umas 17 a 23 gotas de vinagre de vinho tinto.
Encho um copo de gelo e preencho o restante espaço com ice tea de manga. Pena não ter cá nenhuma bebida com gás. São as minhas predilectas.

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