segunda-feira, 21 de julho de 2008

80's




Luz, Monitor, Teclado, Acção!
No final de mais um dia de trabalho, e mais um dia de cansaço, ainda encontrei na minha reserva de energia, algumas forças para aceitar um convite para uma festa alusiva aos anos 80.
Combinei com uns amigos e metêmo-nos no metro. Lá fomos desfiando conversa por entre as estações que abrandavam gradualmente até que acabavam por parar. Abriam-se as portas do veículo de três carruagens (à noite são só três) para dar entrada e saída a mais utentes e transeuntes, cada um com o seu destino.
Quando chegámos ainda fizémos um compasso de espera, á espera de mais um amigo, que não tardava a aparecer mas os minutos passavam velozmente contra a happy hour até á uma da manhã.
...

Estamos todos e vamos lá então á festança que se situava na cave do interior de um centro comercial.
Á medida que desciamos as escadas acompanhadas de um corrimão verde que nos sugeria curvas e contracurvas, omitindo o desfecho do destino destes degraus, intervalados em breves compassos de azuleijos planos, sentiamos, entoando pelo eco das paredes do recinto, os primeiros sinais de vida sonora, coloridos com uma música da blondie.
Até que nos deparámos de imediato com a entrada, ocupada por individuos de indumentária negra, sendo um deles o porteiro que se prontificou a ambientalizar-nos da quantia a pagar e respectivas condições.
Pagas 6 euros, tens a happy hour até á uma da manhã (faltavam 13 minutos) e tens ainda direito a duas bebidas: cerveja ou refrigerante. Em frente estava o bengaleiro e uma caixa de pastilhas gorila.
Tenho que mencionar que as três primeiras cervejas foram quase de penalty?
As três primeiras cervejas foram quase de penalty, e estava um calor ensurdecedor lá dentro.
Começa um rol de músicas que me eram conhecidas, anteriormente apresentadas pela minha irmã á cerca de sensivelmente muitos anos atrás para ser mais preciso.
Eu e a minha irmã temos 11 anos de diferença e foi com ela que conheci este tipo de música e ambiente.
O suor escorría-nos pela cara e era quase escusado tentarmos conversar porque o barulho era tão quente que uma sauna não produziria o efeito desejado tão facilmente como naquela festa.
Apesar de tudo o ambeinte estava extremamente agradável e as músicas sempre apelativas, quer fosse á dança quer fosse á lembrança.
Deambulavam vultos pela pista por vezes entorpecida pela máquina que lança aquela névoa branca e intensa, e com a ajuda do strob e a violência da suavidade do jogo de luzes e escuiridão, lá nos deixávamos embalar com o corpo numa linguagem de dança e empurrões involuntários, confundidos por olhares breves e curiosos que atravessavam o interior daquela década de 80.
Como pontos altos da noite tivémos o rebel yell do billy idol e a paixão dos heróis do mar, não esquecendo o elevador da glória dos rádio macau que me acompanhou uma vez mais ao bar, desta vez para gastar a minha primeira bebida grátis após o expirar do prazo dos 13 felizes minutos.
Música para aqui, música para ali e ora enverdavam por uma onda mais rock, ou mais gótica ou mais gay.
It's raining men marcou presença e foi nessa altura que comecei a preparar a minha ausência...
Preconceitos á parte mas sentía-me esgotado por culpa do meu patrão que me fez cumprir mais um dia de cansaço, a trabalhar.
Gostei de alguns pormenores como uma televisão ligada a fazer chuva, junto á mesa do dj, e alguns videowalls com imagens do space invaders e talvez do pacman...se não era ele, estava lá perto.
A nossa ilustre tweezers esteve também presente na festa e vou desde já passar o meu testemulho para a continuação deste texto, que se se torna mais longo, mais aborrecido acabará por se tornar.

1 comentário:

Rrose disse...

uma noite engraçada :)